Os cuidados paliativos são voltados para proporcionar qualidade de vida e conforto a pacientes com doenças graves, priorizando o alívio da dor e suporte emocional, ao invés de buscar a cura. Eles são essenciais para garantir que a pessoa viva de forma digna e com o máximo de conforto possível, mesmo em fases avançadas de enfermidades. No entanto, apenas 12% dos quase 60 milhões de pessoas que necessitam desses serviços anualmente recebem o tratamento adequado.
Essa lacuna evidencia a importância de iniciativas como o Dia Mundial de Cuidados Paliativos, celebrado no segundo sábado de outubro. A data foi criada para conscientizar sobre a necessidade de ampliar o acesso a esses cuidados, reconhecendo o impacto que têm não apenas no paciente, mas também em suas famílias. É uma oportunidade para promover ações que assegurem que todos aqueles que precisam desses serviços, adultos ou crianças, possam recebê-los.
Os cuidados paliativos envolvem uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos e outros profissionais, que trabalham juntos para oferecer um atendimento integral. O foco não é apenas tratar os sintomas físicos, mas também abordar questões emocionais, sociais e espirituais que possam estar impactando o bem-estar do paciente.
Por isso, o acesso a cuidados paliativos deve ser visto como um direito de todos, garantindo que o fim da vida seja vivido com dignidade, respeito e, sobretudo, sem sofrimento desnecessário. A celebração anual é uma oportunidade para ampliar o debate sobre o tema e mobilizar a sociedade e o setor de saúde para uma abordagem mais compassiva e inclusiva.